sexta-feira, 21 de maio de 2021

Eternamente em vômito esplêndido

Démerson Dias

Quem não sente ânsia de vômito ao percorrer as diversas mídias da imprensa comercial no Brasil não está suficientemente atento ou esclarecido sobre a realidade do país.
Existem boas notícias, e não são poucas, mas essas, não circulam nesses espaços, inclusive porque precisam vencer a concorrência desleal de esforço permanente, enfadonho e estúpido que é feito para normalizar a pior calamidade do mundo, o quanto antes.
Escolher a pior excrescência é tarefa insana e inútil. Mas, tomemos como exemplo, o depoimento fascistóide e imbecil oferecido por ex-ministro da saude. A própria condução dos trabalhos cometeu erro de protocolo elementar de deixar o microfone do depoente aberto durante as inquirições. Dou um dos exemplos mais rasos da prática investigativa para tentar evidenciar a extensão da insolvência política das instituições do pais. Quaisquer que sejam os desdobramentos das ações institucionais, o contexto do banditismo para estatal, já "cortou e aparou", invocando expressão comum à garotada que soltam pipas nas periferias e morre pelas balas do banditismo oficial.
Concretamente, o excrementissimo ex-títere "cagou e andou" para o pais, o parlamento, o STF e, principalmente para o meio milhão de vidas exterminadas de forma premeditada pela esculhambação governamental produzida pela democratura burguesa.
Na minha modesta opinião, para o parlamento nacional poder reivindicar o título de representante do povo, o bestial depoente deveria ter sido solenemente apedrejado até que fosse possível experimentar o mesmo destino que suas vítimas fatais.
 Confesso até que me ocorreu uma sugestão de nova tipificação para CPIs. Audiências em caráter inexoravelmente terminativo quando o depoento escarnecer da vida e da morte brasileiras. Medida em vigor apenas nos períodos excepcionais em que estejam em curso chacinas e genocídios.
Tomei apenas uma lasca das ações dos covardes homúnculus no poder. são incontáveis e lancinantes os exemplos a disposição. não existe um dia em que se embuste governamental não produza uma fração de tragédia, ou tragédia inteira. Talvez a farsa da história sejamos nós.
Como falar das dores não é suficiente, vale mencionar o exato oposto da realidade do país. A belíssima homenagem que Wagner Moura e equipe fizeram a um dos líderes sociais mais valiosos da historia do país (e, felizmente, são todos ímpares, mas não são poucos). Como a arte nos permite viajar, imaginei que, junto a citação "quem não reage, rasteja’’ o personagem Marighella na voz de um excepcional Seu Jorge perguntaria nos dias de hoje: meio milhão de mortos são condições objetivas suficientes?

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