Démerson Dias
O estado fascista e terrorista de Israel ataca e bombardeia unidades médicas, o que é absolutamente condenado pela legislação internacional e os pactos de guerra mais elementares. Só não existe punição, vetos ou sanções porque o grande irmão do Estado Criminoso de Israel impede qualquer possibilidade de razoabilidade.
Parece-me inevitável e pertinente fazer um paralelo e atual, a Rússia capitalista não priorizou alvos médicos, justificando que os jihadistas do batalhão Azov se moviam por ambulâncias.
A infraestrutura de saúde na faixa de Gaza foi pulverizada pelos ataques do Estado terrorista.
Energia e guerra, essas, as motivações para o extermínio do povo palestino. Nem foram os povos árabes os principais responsáveis pelas diáspora do povo judeu. No entanto, o mundo cristão, verdadeiro criminoso nesse caso, é aliado dos belicistas.
Não há efetiva razão histórica por trás da defesa do estado de Israel, o que ele faz é uma política de usurpação e desterro dos povos que habitam a Palestina há milênios. E a estratégia é a um só tempo alimentar a pérfida indústria da guerra, enquanto o império do ocidente pretende, em segunda frente, apartar a Europa de seu principal fornecedor de energia.
Esse viés da guerra, ocorrendo simultaneamente, não é suficiente para abrir os olhos dos Europeus, o melhor aliado material da Europa na atualidade seria a Rússia. Compartilham de semelhante visão do mundo, o capitalismo oligopolizado. E a Rússia alcançou de forma mais consistente que o ocidente a invenção de uma potência pluriétnica. Bem antes da União Europeia.
A tentativa de instalar uma via para levar gás para a Europa através da faixa de Gaza explica a guerra e a estultice que acomete a racionalidade desvairada do ocidente. Essa perspectiva, aliás, é anterior ao próprio Estado de Israel, meados do séc. XIX. E da própria invenção do sionismo.
Outro paralelo inevitável é mencionar Herodes exterminando crianças para impedir o surgimento do messias. Essa guerra é, também, para exterminar o natal. Massacrar a esperança. Esfregar nas fuças do mundo, ao menos de suas facções mais hipócritas que nem sequer um velhinho simpático, vermelho e barbudo será capaz de derrotar para aplacar a ganância do faraó contemporâneo. Detalhe estou me referindo a esse velho é um dos símbolos do consumismo, não ao outro.
Não há presentes nesse final de ano. O que comemorar quando milhares de crianças recebem balas de alto calibre e bombas destruindo suas esperanças, futuro e vidas? Tudo é desterro, passado e terror.
Ainda que se possa contestar a teocracia do Hamas não há parâmetro de comparação com o morticínio praticado pela religião do deus mercado.
Como ateu agnóstico, minha sugestão aos que se referenciam no natal é que se disponham a ir além de comer perus e acender velas bem intencionadas. Se não lhes é pertinente uma ação corajosa para desmascarar e contrapor a besta da distopia capitalista, que ao menos não façam parte das correntes de ódio.
Inevitável, e lastimável, suscitar a desconcertantemente atual canção de John Lennon, que traz como subtítulo, exatamente, “a guerra acabou”, como um tapa na cara da nossa cultura que ainda produz assombrações bélicas e dizima inocentes chamando-os de bárbaros.
Então é Natal! E o que você fez?