Démerson Dias
Quem não sente ânsia de vômito ao percorrer as diversas mídias da imprensa comercial no Brasil não está suficientemente atento ou esclarecido sobre a realidade do país.
Existem boas notícias, e não são poucas, mas essas, não circulam nesses espaços, inclusive porque precisam vencer a concorrência desleal de esforço permanente, enfadonho e estúpido que é feito para normalizar a pior calamidade do mundo, o quanto antes.
Escolher a pior excrescência é tarefa insana e inútil. Mas, tomemos como exemplo, o depoimento fascistóide e imbecil oferecido por ex-ministro da saude. A própria condução dos trabalhos cometeu erro de protocolo elementar de deixar o microfone do depoente aberto durante as inquirições. Dou um dos exemplos mais rasos da prática investigativa para tentar evidenciar a extensão da insolvência política das instituições do pais. Quaisquer que sejam os desdobramentos das ações institucionais, o contexto do banditismo para estatal, já "cortou e aparou", invocando expressão comum à garotada que soltam pipas nas periferias e morre pelas balas do banditismo oficial.
Concretamente, o excrementissimo ex-títere "cagou e andou" para o pais, o parlamento, o STF e, principalmente para o meio milhão de vidas exterminadas de forma premeditada pela esculhambação governamental produzida pela democratura burguesa.
Na minha modesta opinião, para o parlamento nacional poder reivindicar o título de representante do povo, o bestial depoente deveria ter sido solenemente apedrejado até que fosse possível experimentar o mesmo destino que suas vítimas fatais.
Confesso até que me ocorreu uma sugestão de nova tipificação para CPIs. Audiências em caráter inexoravelmente terminativo quando o depoento escarnecer da vida e da morte brasileiras. Medida em vigor apenas nos períodos excepcionais em que estejam em curso chacinas e genocídios.
Tomei apenas uma lasca das ações dos covardes homúnculus no poder. são incontáveis e lancinantes os exemplos a disposição. não existe um dia em que se embuste governamental não produza uma fração de tragédia, ou tragédia inteira. Talvez a farsa da história sejamos nós.
Como falar das dores não é suficiente, vale mencionar o exato oposto da realidade do país. A belíssima homenagem que Wagner Moura e equipe fizeram a um dos líderes sociais mais valiosos da historia do país (e, felizmente, são todos ímpares, mas não são poucos). Como a arte nos permite viajar, imaginei que, junto a citação "quem não reage, rasteja’’ o personagem Marighella na voz de um excepcional Seu Jorge perguntaria nos dias de hoje: meio milhão de mortos são condições objetivas suficientes?
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Xi, francisquinho, deitaram a língua na jabuticaba!