Pedro Parente em 2017 rifando as riquezas do país (
Paulo Whitaker/Reuter)
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A capacidade de se fazer apelo à burrice alheia é uma das mais
prósperas em tempo de pós-propaganda (vulgo pós-verdade).
Dentre as inúmeras bobagens que lemos na mídia comercial, encontramos que os
combustíveis estão mesmo caros e precisamos arcar com os custos.
É tão estúpida essa afirmação que merece, no mínimo, um contraponto.
O Brasil produz petróleo. Com o pré-sal, esteve em vias de alcançar a
autossuficiência, se é que não alcançou. Mas fomos avassalados por um golpe de
estado que, dentre outras coisas, decidiu que o Brasil brindaria o setor
especulativo, inclusive produtor que especula, acompanhando os preços
internacionais do petróleo.
A sandice desse argumento mente, no mínimo, a respeito de questão que de lógica
elementar. O preço de commodities estabelece o que pagam os que precisam
comprar determinado bem no metafísico, incorpóreo e onipresente “mercado
internacional” (uma gatuna jogatina inventada pelo conluio das bolsas de
valores).
Quando um país que produz um bem decide pagar por ele internamente o mesmo que
pagam os que necessitam comprá-lo, está bajulando o setor produtor nacional,
garantindo a ele o mesmo ganho que ele teria se vendesse fora do país. Só que
sem o ônus da exportação. Como assim?
Todo o custo, inclusive de mão de obra foi realizado aqui. Ou será que vão
pagar os salários pelo maior salário internacional pago à categoria petroleira.
Não, os salários são em reais, mas o lucro, além da exploração da mão de obra,
ainda ganha duplamente do estado tanto o sobrepreço internacional, que nem
sequer afeta os custos de produção aqui, como ainda ganha pela atualização do
dólar embutida no mercado de commodities.
Ou seja, aquele argumento é para conformar idiotas. Se o povo acreditar, vai
pagar bovinamente pela luxúria capital de uma meia dúzia, às expensas daqueles
que, não só garantem a produção no país, e ainda tem que consumir, pagando o
preço internacional. O mesmo que qualquer país sem uma gota de petróleo
pagaria.
Um exemplo ridículo. Um trabalhador planta e colhe tomate e recebe R$ 1,00. Seu
patrão estaria mais que recompensado vendendo por R$ 2,5, e o trabalhador
pagaria 3 pra comprar o tomate na feira. Acontece que um país desértico só
consegue comprar o tomate por R$ 6,00 porque é incapaz de produzi-lo. E o
governo nefasto decide que R$ 6,00 deve ser o preço a ser cobrado no país em
que poderia, com lucro, custar a metade do preço.
E isso é o capitalismo competitivo,a banca nunca perde.
E isso é o capitalismo competitivo,a banca nunca perde.
Eis a ponte para o futuro do golpista Temer. Um futuro reservado apenas aos que
sobreviverem ao governo chupa cabra.
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Xi, francisquinho, deitaram a língua na jabuticaba!