Ao cabo éramos mesmo arqueólogos.
De platitudes, de razões, desrazões, das sadias insanidades.
Mas o afeto era mais explícito que sabido, ou assumido.
Até que um inusitado pedaço de afeto desgrenhado num verso de uma folha de talonário, instaurou uma afetividade remota.
De um achado quase vulgar de tão singelo, perdido entre taras, desvios e devoções venais, imaginamos o contexto em que existiu o curioso bilhete.
Trazia em si as virtudes de um amor ferido, inacabado, mas que depende de reafirmar-se, concluso, para que os afetos de acomodem, ou desarranjem de vez.
“Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que você não significa nada.
Não poderia dizer mais que alimento um grande amor.
Sinto, cada vez mais, que já te esqueci!
E jamais usarei a frase Eu te amo!
Sinto, mais tenho que dizer a verdade.
É tarde demais!!!” (sic)
A simetria das contradições é desconcertante. Uma leve inclinação afetiva do mesmo bilhete delata que o amor é insepulto. Não há ruptura, há lamento, provavelmente pelo amor unilateral.
Não te amo mais, estarei mentindo, dizendo.
Que ainda te quero, como sempre quis.
Tenho certeza de que nada foi em vão.
Sinto dentro de mim.
Que você nada significa, não poderia dizer, mais
Que alimento um grande amor, sinto.
Cada vez mais, que já lhe esqueci, tanto jamais usarei essa frase.
Jamais usarei eu te amo, mas tenho que dizer a verdade.
Eu te amo, é tarde demais!!!!
“Futuros amantes, quiçá, se amarão com o amor que eu um dia deixei pra você”
Ficamos sem saber porque estava perdido num desvão da posteridade. Se o desprezo foi tamanho, ou se foi lançado num gesto de desmedida entrega reconciliatória.
O texto do referido bilhete, foi encontrado pelos funcionários do Arquivo Geral do TRE-SP. Cujo local dava lugar a um bingo e um sexshop.
De platitudes, de razões, desrazões, das sadias insanidades.
Mas o afeto era mais explícito que sabido, ou assumido.
Até que um inusitado pedaço de afeto desgrenhado num verso de uma folha de talonário, instaurou uma afetividade remota.
De um achado quase vulgar de tão singelo, perdido entre taras, desvios e devoções venais, imaginamos o contexto em que existiu o curioso bilhete.
Trazia em si as virtudes de um amor ferido, inacabado, mas que depende de reafirmar-se, concluso, para que os afetos de acomodem, ou desarranjem de vez.
“Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que você não significa nada.
Não poderia dizer mais que alimento um grande amor.
Sinto, cada vez mais, que já te esqueci!
E jamais usarei a frase Eu te amo!
Sinto, mais tenho que dizer a verdade.
É tarde demais!!!” (sic)
A simetria das contradições é desconcertante. Uma leve inclinação afetiva do mesmo bilhete delata que o amor é insepulto. Não há ruptura, há lamento, provavelmente pelo amor unilateral.
Não te amo mais, estarei mentindo, dizendo.
Que ainda te quero, como sempre quis.
Tenho certeza de que nada foi em vão.
Sinto dentro de mim.
Que você nada significa, não poderia dizer, mais
Que alimento um grande amor, sinto.
Cada vez mais, que já lhe esqueci, tanto jamais usarei essa frase.
Jamais usarei eu te amo, mas tenho que dizer a verdade.
Eu te amo, é tarde demais!!!!
“Futuros amantes, quiçá, se amarão com o amor que eu um dia deixei pra você”
Ficamos sem saber porque estava perdido num desvão da posteridade. Se o desprezo foi tamanho, ou se foi lançado num gesto de desmedida entrega reconciliatória.
O texto do referido bilhete, foi encontrado pelos funcionários do Arquivo Geral do TRE-SP. Cujo local dava lugar a um bingo e um sexshop.
Que lindo!
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