domingo, 28 de agosto de 2011

Carinho, que te quero bem

(poema sobre as mãos de Jan Vianna)

O nome é diminutivo, pra que não se diga que falta espaço.
Acomoda-se onde houver disposição, desejo, necessidade, ou mais carinho. . .
Mas o carinho, antes que nada, foi feito pra preencher todo e qualquer espaço.
Espaço vago, espaço útil, espaço pleno. Inclusive preencher a vida em que falta de espaço, com aquilo que mais precisa: carinho.
Porque onde há carinho, sempre cabe mais um.
Mais um carinho, mais um afeto, mais uma gota de felicidade. . .
Aliás, carinho é a felicidade que não transborda
O carinho só incomoda quem não sabe de que se trata
Carinho gesto, carinho beijo, carinho sexo, carinho abraço . . .
Inclusive carinho só carinho mesmo. Sem pretensões, definições, processos . . .
Carinho é aquilo que, mesmo se não sabemos, quando não temos, faz falta.
Expressar carinho é dizer ao outro que somos dotados de uma particular e peculiar fonte de energia vital
que jorra, brota,
incontrolável,
de cada molécula de nós mesmos,
e por isto doamos
e, ao cabo, ainda que não seja este o propósito,
nos retroalimentamos.
É um looping sem fim.